terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Em dia de BEATO MARCELINO Martín Rubio e 17 companheiros mártires Trapistas Século XX - Espanha Memória litúrgica a 4 de Dezembro “Entre os mártires há um noviço de 23 anos, frei Marcelino Martín Rubio, aberto e alegre, que no momento da prisão não escondeu a sua condição de religioso". O Beato Marcelino Martín Rubio, nasceu a 4 de Novembro de 1913, em Espinosa de Villagonzalo, província de Palência, Espanha. Aos 15 anos, entrou como oblato na Abadia Cistercience de Estricta Observância (Trapistas) de Viaceli, iniciando o noviciado em 1931, o qual abandonou ao fim de dois anos. Em 1935 regressou ao mosteiro como monge de coro. À época do martírio era noviço. Preso e depois libertado, foi novamente preso e seguiu a sorte dos demais irmãos. Pelas cartas dirigidas a uma tia, monja cisterciense, pode-se observar o processo martirial dele e de todos os seus companheiros. Aberto e de carácter muito alegre, não ocultou a sua condição de religioso no momento da sua detenção final. A 8 de Setembro de 1936 a comunidade foi obrigada a abandonar o seu mosteiro, foram encarcerados e sofreram insultos e vexames. Alguns dias depois foram libertados. Mas, no espaço de poucas semanas, com o pretexto de fazer indagações sobre a proveniência dos seus meios de sustento, foram novamente presos em dois grupos diferentes e assassinados no dia 3 e 4 de Dezembro. A causa de sua morte foi a de identificar-se - exclusivamente - como cristãos e religiosos. A fé foi o motivo da sua prisão e execução, com a agravante de uma procura de dinheiro por parte dos perseguidores. Os Servos de Deus sabiam muito bem o grave perigo que corriam e viveram a sua consagração até ao derramamento do sangue. Uma fé clara, uma caridade sincera e uma esperança inquebrantável concederam-lhe fortaleza para viver até às últimas consequências a sua fidelidade a Cristo e à Igreja. Jamais renegaram a sua condição de religiosos e prepararam-se conscientemente para caminhar, passando pela morte, ao encontro do seu Senhor. Depois, foram levados a bordo de uma barcaça para fora da baía de Santander e depois de lhes cozerem a boca com arames pois “iam a rezar”. Pensavam assim calá-los, a eles, que durante anos se reuniram na Igreja do Mosteiro para, sete vezes ao dia, começar a sua liturgia com as palavras: “Abri, Senhor os meus lábios e a minha boca cantará o Vosso louvor!”. Certamente que fecharam as suas bocas, mas estavam certos de que o louvor ao seu Criador e Redentor, mesmo nos momentos de dor e aparente fracasso, não cessaria. Os seus irmãos, os que viriam depois, continuariam esse louvor, abririam de novo as suas bocas acompanhando-os e confortando-os desde outro lugar com uma presença gozosa e renovada. Foram lançados ao mar com pesados pesos atados aos pés. Lançados às frias águas do Cantábrico, aquele mar que tantas vezes contemplaram desde as janelas do seu mosteiro, umas vezes sereno e azul outras cinzento e encrespado. Frei Marcelino será feito prisioneiro alguns dias mais tarde, sofrendo a mesma sorte do resto dos monges. Tinha 23 anos de idade. O mais jovem dos mártires contava 20 anos (havia vários no grupo com menos de 25 anos) e o mais velho tinha 68. O testemunho destes mártires ilumina e inspira o nosso momento histórico. Os mártires ensinam-nos o amor à Verdade frente ao relativismo e ao fundamentalismo dos nossos dias. Frente ao “vale tudo” e frente ao “nada faz mal”, os nossos mártires recordam-nos que há ideais que são demasiado grandes para regatear o preço a pagar por eles. O martírio indica-nos onde se encontra a verdade do Homem, a sua grandeza e dignidade, a sua liberdade mais genuína e o comportamento mais verdadeiro e próprio do Homem que é inseparável do amor: por isso, o martírio é uma exaltação da perfeita «humanidade» e da verdadeira vida da pessoa. Os mártires são testemunho da fidelidade do homem à sua consciência bem formada como limite de todo o poder e garantia da sua semelhança divina. Foi Beatificado com os seus companheiros no passado dia 3 de Outubro (2015), na catedral de Santander, pelo Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, sob o mandato do Papa Francisco. Fonte: cf. Página Web da O.C.S.O BEATO MARCELINO Martín Rubio, rogai por nós.

terça-feira, 1 de maio de 2018

PALAVRA DE VIDA
Maio de 2018
Letizia Magri

“O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.” (Gl 5, 22)
O apóstolo Paulo escreve aos cristãos da região da Galácia. Eles tinham acolhido por meio dele o anúncio do Evangelho, mas agora ele os recrimina por não terem compreendido o significado da liberdade cristã.
Para o povo de Israel a liberdade foi um dom de Deus: Ele o arrancou da escravidão no Egipto, conduziu-o rumo a uma nova terra e estabeleceu com ele um pacto de fidelidade recíproca.
Paulo afirma com força que, assim como a liberdade foi um dom de Deus, a liberdade cristã é um dom de Jesus.
Com efeito, é Ele que nos doa a possibilidade de nos tornarmos, Nele e como Ele, filhos de Deus, que é Amor. Também nós, imitando o Pai como Jesus nos ensinou e mostrou com a sua vida, podemos aprender a mesma atitude de misericórdia para com todos, colocando-nos a serviço dos outros.
Para Paulo, essa aparente contradição da “liberdade de servir” é possível devido ao Espírito, o dom que Jesus fez à humanidade com a sua morte na cruz.
Realmente, é o Espírito Santo que nos dá a força de sair da prisão do nosso egoísmo – com a sua carga de divisões, injustiças, traições, violência – e nos guia para a verdadeira liberdade.
“O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.” (Gl 5, 22)
A liberdade cristã, além de ser um dom, é também um compromisso. Antes de mais nada, é o compromisso de acolher o Espírito Santo no nosso coração, abrindo espaço para Ele e reconhecendo no nosso íntimo a sua voz.
Chiara Lubich escrevia: […] Antes de tudo, devemos nos tornar cada vez mais conscientes da presença do Espírito Santo em nós. Carregamos no nosso íntimo um imenso tesouro, mas não nos damos conta disso suficientemente. […] E ainda, para que possamos ouvir e seguir a sua voz, devemos dizer “não” […] às tentações, cortando sem hesitar as sugestões que elas trazem; “sim” aos deveres que Deus nos confiou; “sim” ao amor para com todos os próximos; “sim” às provações e dificuldades que encontramos… Se agirmos assim, o Espírito Santo nos guiará, dando à nossa vida cristã aquele sabor, aquele vigor, aquela força de atração, aquela luminosidade que ela não pode deixar de ter se for autêntica. Então também quem está ao nosso lado vai perceber que não somos somente filhos de nossa família humana, mas filhos de Deus.
De fato: o Espírito Santo nos convoca a deixarmos de fazer de nós mesmos o centro das nossas preocupações, para sabermos acolher, escutar, compartilhar os bens materiais e espirituais, perdoar, ou ainda, cuidarmos das pessoas mais diversas na variedade de situações que vivemos todos os dias.
E essa atitude nos faz experimentar o típico fruto do Espírito Santo: o crescimento da nossa própria humanidade rumo à verdadeira liberdade. Com efeito, faz vir à tona e florescer em nós capacidades e recursos que, se vivermos fechados em nós mesmos, ficarão para sempre sepultados e desconhecidos.
Portanto, cada acção nossa é uma ocasião, que não pode ser desperdiçada, para dizer “não” à escravidão do egoísmo e “sim” à liberdade do amor.
“O fruto do Espírito, porém, é: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio.” (Gl 5, 22)
Quem acolhe no coração a ação do Espírito Santo contribui também para a construção de relacções humanas positivas, por meio de todas as suas atividades do dia a dia, tanto familiares como sociais.
Carlo Colombino, empresário, marido e pai, tem uma empresa no norte da Itália. Dos sessenta funcionários, cerca de quinze não são italianos e alguns deles têm um histórico de experiências dramáticas. Numa entrevista, ele contou ao jornalista: “Também o emprego pode e deve favorecer a integração. Eu trabalho em processos de coleta e reciclagem de materiais de construção; tenho responsabilidade para com o meio ambiente, o território no qual vivo. Alguns anos atrás, a crise bateu duro. O que fazer: salvar a empresa ou as pessoas? Tivemos de dispensar alguns funcionários, falamos com eles, procuramos as soluções menos dolorosas, mas foi dramático, coisa de tirar o sono. É um trabalho que posso fazer bem feito ou pela metade; eu tento fazê-lo do melhor modo possível. Acredito que as ideias contagiam positivamente. Uma empresa que pensa só no facturamento, nas contas, tem pouca chance de futuro, porque no centro de toda atividade deve estar o homem. Sou uma pessoa de fé e tenho a convicção de que não é uma utopia fazer a síntese entre empresa e solidariedade”.
Portanto, somos convidados a atuar com coragem o nosso chamado pessoal para a liberdade, no ambiente em que vivemos e trabalhamos.
Desse modo o Espírito Santo poderá atingir e renovar também a vida de muitas outras pessoas ao nosso redor, conduzindo a história para horizontes de “alegria, paz, paciência, amabilidade…”.

sábado, 13 de janeiro de 2018


QUE NÃO REGRESSE À PRESENÇA DE HERODES
A minha teimosa fragilidade, Senhor, impede-me de aprender dos Magos do Oriente a não regressar à presença de Herodes (cf. Mt 2, 12). Mesmo depois, de Vos encontrar, Deus Infante, e cair de joelhos a Vossos pés, para Vos adorar (cf. Mt 2, 11). Mesmo assim, Espírito de Amor, em vez de me deixar conduzir por Vós (cf. Lc 2, 27) e encetar outro caminho (cf. Mt 2, 12), regresso, teimosamente, à presença dos Herodes... Regresso aos acontecimentos, lugares, pessoas... que a todo o custo, Mãe de Deus (cf. Mt 2, 11), procuram matar em mim a presença do vosso Filho, e renovo o choro de Raquel que já no quer ser consolada (cf. Mt 2, 18).
Senhor, Uno e Trino. Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, imploro-vos, prostrado por terra, a graça da conversão, do caminho novo, do caminho que me afasta de regressar à presença dos meus Herodes. Que seja a Vossa Filha, Mãe e Esposa e o seu castíssimo esposo e meu amado São José, a levantar-me, conduzir-me pela mão e levar-me para o Egipto, impedindo que os Herodes deste mundo, do meu mundo, matem em mim a presença, não só do Deus Infante, mas da Trindade que me habita (cf. Mt 2, 13-15).

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

O Santinho Protector que me calhou para 2018!
Garanto que não fiz batota
a "minha" fantástica

Santa Beatriz da Silva

Deus Eterno e Omnipotente,
Criador, Salvador e Vivificador,
eu Vos dou graças pelo Santo Protector
que Me concedestes para este ano de 2018.
Concedei-me que seguindo o seu exemplo
me encontre verdadeiramente conVosco,
deixe abrasar do Vosso Amor,
seja fiel à Vossa Vontade,
me liberte das obras da trevas
e revista das armas da luz (cf. Rm 13, 12),
me deixe habitar por Vós
e seja a morada da Vossa eleição.
Que o meu testemunho de vida,
seja Verdadeiramente evangélico,
contribua para a construção
do “mundo novo”
e, no termo deste ano,
me encontre mais parecido convosco
e, possa dizer com verdade e com a vida:
“Já não sou eu que vivo,
mas é Cristo que vive em mim.” (Gl 2, 20)
Tudo isto, conduzido e guiado
pela mão carinhosa e maternal de Maria,
Vossa Filha, Mãe e Esposa. Ámen.