terça-feira, 19 de novembro de 2013




“A fé não é luz que dissipa todas as nossas trevas,

mas lâmpada que guia os nossos passos na noite,

e isto basta para o caminho.”
Papa Francisco, Carta Encíclica «Lumen Fidei», 57.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013



Senhor nosso Deus e nosso Pai,
obrigado pelo dom de Jesus Cristo,
Teu Filho e nosso Irmão.
Ele vem aos nossos corações,
converte-nos e transforma-nos,
faz de nós Teus filhos bem amados.
Ajuda-nos a crescer no amor filial,
até à estatura do Homem Perfeito,
até às alturas do amor e do serviço.
Fortalece os nossos seminaristas,
com o dom do Teu Espírito,
para que sejam imagem de Jesus,
vejam com os Seus olhos,
amem com os Seus sentimentos,
sirvam com as Suas disposições filiais.
Nesta Semana dos Seminários,
nós te suplicamos, pela intercessão de Maria:
concede à Tua Igreja
muitas e santas vocações sacerdotai.
Ámen.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Beata Isabel da Santíssima Trindade ocd
Memória litúrgica: 8 de Novembro
«Gosto tanto do mistério da Santíssima Trindade! É um abismo no qual me perco. Deus em mim, eu n’Ele. É o grande sonho da minha vida. Para uma carmelita viver é estar em comunhão com Deus desde a manhã até à noite, e desde a noite até de manhã. Se Deus não enchesse as nossas celas e os nossos claustros, oh!, como tudo seria vazio! Mas é Ele que enche toda a nossa vida fazendo dela um céu antecipado».

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

PALAVRA DE VIDA
Novembro de 2013 (1)
Chiara Lubich
«Sede bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo›› (Ef 4, 32).
 Este programa de vida é concreto e essencial. E já bastaria para criar uma sociedade diferente, mais fraterna, mais solidária. Esta frase está incluída
num amplo projeto proposto aos cristãos da Ásia Menor.
Naquelas comunidades tinha-se conseguido estabelecer a “paz” entre Judeus e Gentios, que eram os dois povos representantes da humanidade, até então divididos.
A unidade, que Cristo nos deu, deve ser sempre reavivada e traduzida em comportamentos sociais concretos, inteiramente inspirados pelo amor recíproco. Por isso São Paulo dá as indicações sobre como devem ser os relacionamentos:
«Sede bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo››.
Bondade: querer o bem do outro. É “fazer-se um” com cada próximo, aproximarmo-nos dele completamente vazios de nós mesmos – vazios dos nossos interesses, das nossas ideias, dos muitos preconceitos que nos ofuscam o olhar – para nos revestirmos dos seus pesos, das suas necessidades, dos seus sofrimentos, para partilhar as suas alegrias.
É entrar no coração daqueles com quem contactamos para compreender a sua mentalidade, a sua cultura, as suas tradições e fazê-las, de certo modo, nossas. E compreender realmente aquilo de que necessitam para saber captar os valores que Deus depositou no coração de cada pessoa. Numa palavra: viver para quem está ao nosso lado.
Misericórdia: aceitar o outro tal como é, e não como gostaríamos que fosse. Gostaríamos que tivesse um caráter diferente, tivesse as mesmas ideias políticas que nós, as nossas convicções religiosas, e não tivesse aqueles defeitos ou aqueles modos de proceder que tanto nos chocam. Não! Temos que dilatar o nosso coração e torná-lo capaz de aceitar todos, com as suas divergências, os seus limites e misérias.
Perdão: ver o outro sempre de um modo novo. Até nas convivências mais bonitas e serenas, na família, na escola, no trabalho, não faltam momentos de atrito, divergências, desentendimentos. Há quem chegue até a deixar de se falar, a evitar encontrar-se, isto para não falar de quando se enraíza no coração um verdadeiro ódio para com os que pensam de maneira diferente. É preciso um esforço forte e exigente para procurar ver, todos os dias, o irmão e a irmã como se fossem novos, completamente novos, sem nos lembrarmos das ofensas recebidas, mas cobrindo tudo com o amor, com uma amnistia completa do nosso coração, à imitação de Deus que perdoa e esquece.
A paz verdadeira e a unidade só se conseguem quando a bondade, a misericórdia e o perdão forem vividos, não só por cada um individualmente, mas juntos, na reciprocidade.
E, tal como numa lareira acesa, é preciso remexer as brasas, de vez em quando, para não serem cobertas pelas cinzas, também é necessário, de tempos a tempos, reavivar conscientemente o amor recíproco, reavivar os relacionamentos com todos, para que não sejam cobertos pela cinza da indiferença, da apatia, do egoísmo.
«Sede bondosos uns para com os outros, compassivos; e perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo››.
Estas atitudes têm de se traduzir em factos, em ações concretas.
O próprio Jesus mostrou o que é o amor quando curou os doentes, quando saciou a fome às multidões, quando ressuscitou os mortos, quando lavou os pés aos discípulos. Factos, factos: é assim que se ama.
Recordo-me de uma mãe de família africana: sofreu muito porque a sua filha, a Rosangela, perdeu a visão de um dos lados, vítima de um rapazito agressivo que a tinha ferido com uma cana e continuava a zombar dela. Os pais do rapaz não foram pedir desculpa. O silêncio, a falta de relacionamento com aquela família amarguravam-na. «Consola-te – dizia a Rosangela, que lhes tinha perdoado –, tenho sorte, pois posso ver com a outra vista!››.
«Uma manhã – conta a mãe da Rosangela –, a mãe daquele rapazinho mandou-me chamar porque se sentia mal. A minha primeira reação foi: “Olha, agora vem-me pedir ajuda a mim, com tantos outros vizinhos de casa, vem-me pedir a mim, depois daquilo que o seu filho nos fez!”.
Mas imediatamente me lembrei que o amor não tem barreiras. Fui a correr à sua casa. Ela abriu-me a porta e desfaleceu-me nos braços. Acompanhei-a ao hospital e fiquei com ela até os médicos tratarem dela. Passada uma semana, quando saiu do hospital, ela veio a minha casa para me agradecer. Recebi-a com todo o coração. Consegui perdoar-lhe. Agora voltámos a falar-nos, ou melhor, nasceu um relacionamento completamente novo››.
Também o nosso dia se pode encher de serviços concretos, humildes e inteligentes, expressões do nosso amor. Veremos crescer a fraternidade e a paz à nossa volta. 
1) Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 2006/14, p. 9.