terça-feira, 3 de setembro de 2013

PALAVRA DE VIDA
Setembro de 2013
Chiara Lubich
«Não amemos com palavras nem com a boca, 
mas com obras e com verdade» (1 Jo 3, 18).
É São João quem escreve. Ele alerta as suas comunidades contra certas pessoas que, quando falam, exaltavam a fé em Jesus, mas essa fé não era acompanhada por obras. Aliás, estas últimas eram consideradas inúteis ou supérfluas, como se Jesus já tivesse feito tudo. Assim, a fé delas era vazia e estéril, porque não dava à ação de Jesus o contributo indispensável que Ele pede a cada um de nós.
«Não amemos com palavras nem com a boca, 
mas com obras e com verdade» (1 Jo 3, 18).
Amar com obras. A verdadeira fé – diz o apóstolo – é a que dá provas de si mesma, amando como Jesus amou e nos ensinou a amar. Ora, a primeira caraterística deste amor é que é concreto. Jesus não nos amou com lindos discursos, mas esteve entre nós a fazer o bem, curando todos, estando totalmente disponível para com os que encontrava, a começar pelos mais fracos, os mais pobres e marginalizados, e dando a sua vida por nós.
«Não amemos com palavras nem com a boca, 
mas com obras e com verdade» (1 Jo 3, 18).
Depois – diz o apóstolo –, além de amar com obras, devemos amar também com verdade. O amor cristão, ao mesmo tempo que procura traduzir-se em obras concretas, preocupa-se em inspirar-se na verdade do amor que encontramos em Jesus. Preocupa-se em fazer obras em conformidade com os sentimentos e os ensinamentos de Jesus. Isto é, devemos amar seguindo a linha e usando a medida que Jesus nos mostrou.
«Não amemos com palavras nem com a boca, 
mas com obras e com verdade» (1 Jo 3, 18).
Como viver, então, a Palavra de Vida deste mês? A sua mensagem é até clara demais. É um apelo para aquela autenticidade cristã, em que Jesus tanto insistiu. Mas não é esta também a grande esperança do mundo? Não é verdade que o mundo de hoje anseia por ver pessoas que testemunhem o amor de Jesus?
Amemos, então, com as obras e não com as palavras, começando pelos serviços humildes que nos são pedidos, em cada dia, pelos próximos que estão ao nosso lado.
E amemos com verdade. Jesus agia sempre de acordo com a vontade do Pai. Da mesma maneira, também nós devemos agir sempre seguindo a Palavra de Jesus. Ele quer que vejamos a sua presença em cada próximo. De facto, tudo o que fazemos a cada pessoa, ele considera-o feito a si. E mais, ele quer que amemos os outros como a nós mesmos, e que nos amemos reciprocamente, estando prontos a dar a vida uns pelos outros.
Amemos assim, para sermos, também nós, instrumentos de Jesus para a salvação do mundo. 
Palavra de Vida publicada em Città Nuova, 1988/8, p. 11.