segunda-feira, 23 de abril de 2012

Oração pelas Vocações
Senhor da messe e pastor do rebanho,
faz ressoar em nossos ouvidos
o teu forte e suave convite: "Vem e segue-Me"!
Derrama sobre nós o teu Espírito:
que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho
e generosidade para seguir a tua voz.
Senhor, que a messe não se perca por falta de operários.
Desperta as nossas comunidades para a missão.
Ensina a nossa vida a ser serviço.
Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino,
na vida consagrada e religiosa.
Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores.
Sustenta a fidelidade dos nossos bispos,
padres e ministros.
Dá perseverança aos nossos seminaristas.
Desperta o coração dos nossos jovens
para o ministério pastoral na tua Igreja.
Senhor da messe e pastor do rebanho,
chama-nos para o serviço do teu povo.
Maria, Mãe da Igreja,
modelo dos servidores do Evangelho,
ajuda-nos a responder "sim".
Ámen.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Na Transfiguração
“Jesus, …, «toma consigo» a alguns discípulos …,
para introduzi-los no conhecimento do mistério da sua pessoa
e na arte da relação com Deus. …
Na solidão e no silêncio daquele «retiro»
sucede algo divino:
a luz que envolve a Jesus
revela a condição divina do homem Jesus.”
ENZO BIANCHI,
"Escuchad al Hijo amado, en él se cumple la Escritura - Ciclo B",
Ediciones Sigueme, Salamanca, 2011, pg. 207

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PARABÉNS, SANTO PADRE
pelo seu 85º aniversário natalício
“O Romano Pontífice, como Sucessor de Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade" (Constituição Dogmática «Lumen Gentium», 23) da Igreja e o doce representante de Cristo sobre a terra.
“O Santo Padre terá muito que sofrer" (irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, “Memórias da irmã Lúcia”, Secretariado dos Pastorinhos, Fátima, 13a Edição, Outubro de 2007, pg.122). Estas palavras pronunciadas pela Senhora da Cova da Iria, a exclamação da Bem-aventurada Jacinta Marto: “Coitadinho do Santo Padre! Temos de rezar muito por Ele" (irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado, "Memórias da irmã Lúcia", Secretariado dos Pastorinhos, Fátima, 13ª Edição, Outubro de 2007, pg. 126), bem como as orações e sacrifícios que os três Pastorinhos ofereciam constantemente pelo Servo dos Servos de Deus, manifestam o grande amor pelo Santo Padre e pelo seu Ministério que, a Rainha dos Apóstolos colocou nos seus corações. Também nos nossos corações de cristãos Católicos o Espírito Santo faz brotar uma grande e filial ternura pelo Sucessor de Pedro e pelo seu Ministério. Assim, a nossa oração e sacrifícios jamais pode esquece as intenções e a saúde do que “preside à caridade universal" (Cf. Santo Inacio, Ep. ad Roma., Funk I, 252) e que confirma os irmãos na fé (cf. Lc. 22, 32), para “Que todos sejam um a fim de que o mundo creia” (Jo 17, 21).

domingo, 15 de abril de 2012

Se vir... acreditarei.
“«Se não vir nas suas mão o sinal dos cravos,
se não meter o dedo no lugar dos cravos
e a mão no seu lado, não acreditarei».” (Jo 20, 25)
Sempre que me deparo com esta afirmação do apóstolo Tomé,
parece-me escutar, os homens e mulheres, do nosso tempo, dizer aos cristãos de hoje:
“Se não vir na tua vida os sinais de Cristo Ressuscitado,
se não tocar a tua vida e nela não encontrar as marcas do Ressuscitado,
não acreditarei”.
De facto, como poderão os não crentes acreditar na Ressurreição do Senhor,
se aqueles que acreditamos,
não deixarmos transparecer, nas nossas vidas,
as marcas e os sinais de Vida Nova, da Vida Nova que vem de Deus,
se não nos “despojarmos das obras das trevas e nos revestirmos das armas da Luz” (Rm 13, 12),
se não nos convertermos, se não mudarmos de vida?
Se nos deixamos tocar pelo Amor de Deus,
se fazemos a experiência do Ressuscitado,
forçosamente mudamos de vida,
forçosamente restaura-se em nós a alegria e a esperança,
o perdão e a generosidade,
a confiança incondicional em Deus e no Seu Amor...
A Igreja de Jesus, revela-se como o espaço mais luminoso e seguro
para fazer a “Divina Viagem” …
Sentimos saudade, necessidade, fome, sede … de Deus, da Sua Palavra, da Sua Igreja...
Somos “… assíduos ao ensino dos Apóstolos,
à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações” (Act 2, 42),
e vivemos unidos, porque abraçámos a mesma fé (cf. Act 2, 44),
porque fomos purificados pelo mesmo Sangue Redentor
e Amados Loucamente pelo mesmo Deus Amor…
Vila de Cano, 28 de Março de 2008

quarta-feira, 11 de abril de 2012

"Tome cuidado com a sua vida,
talvez ela seja o único evangelho
que as pessoas leiam."
São Francisco de Assis

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Divinas mãos e pés, peito rasgado,
chagas em brandas carnes imptimidas,
meu Deus, que por salvar almas perdidas,
por elas quereis ser crucificado.
Outra fé, outro amor, outro cuidado,
outras dores às vossas são devidas,
outros corações limpos, outras vidas,
outro querer no vosso transformado.
Em Vós se encerrou toda a piedade,
ficou no mundo só toda a crueza;
por isso cada um deu do que tinha.
Claros sinais de amor, ah saudade!
Minha consolação, minha firmeza,
chagas de meu Senhor, redenção minha!

domingo, 1 de abril de 2012

PALAVRA DE VIDA
Abril de 2012
Chiara Lubich
«Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado» (Jo 15, 3).
Penso que, quando ouviram de Jesus esta palavra decidida de encorajamento, o coração dos discípulos estremeceu de alegria. Como seria maravilhoso se Jesus pudesse dirigi-la também a nós!
Para sermos um pouco dignos dela, procuremos compreendê-la.
Jesus tinha acabado de fazer a famosa comparação da videira e das varas. Ele é a verdadeira videira, o Pai é o agricultor, que corta as varas que não dão fruto e poda todas as varas que dão fruto, para que dêem mais fruto.
Depois de explicar isto, Ele afirma:
«Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado» (Jo 15, 3).
«Já estais purificados...». De que pureza se trata?
É aquela disposição de ânimo necessária para estar diante de Deus, aquela ausência de obstáculos (como o pecado, por exemplo) que se opõem ao contacto com o sacro e ao encontro com o divino.
Para ter esta pureza é necessária uma ajuda do Alto.
Já no Antigo Testamento o homem tinha tomado consciência da sua incapacidade de se aproximar de Deus apenas com as suas próprias forças. Era necessário que Deus lhe purificasse o coração, lhe desse um coração novo.
Há um Salmo lindíssimo que diz: «Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 51, 12).
«Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado» (Jo 15, 3).
Segundo Jesus, existe um meio para se ser puro: é a Sua Palavra. Aquela Palavra que os discípulos ouviram, e à qual aderiram, purificou-os.
A Palavra de Jesus, na verdade, não é como as palavras humanas. Nela está presente Cristo tal como, de outro modo, está presente na Eucaristia. Por meio dela, Cristo entra em nós. Aceitando-a, pondo-a em prática, faz-se com que Cristo nasça e cresça no nosso coração.
Paulo VI dizia: «Como é que Jesus se torna presente nas almas? Através da comunicação da Palavra passa o pensamento divino, passa o Verbo, o Filho de Deus feito Homem. Poder-se-ia afirmar que o Senhor Se encarna dentro de nós, quando aceitamos que a Palavra venha viver dentro de nós» (Insegnamenti di Paolo VI, V, Cidade do Vaticano 1967, p. 936).
«Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado» (Jo 15, 3).
A Palavra de Jesus é também comparada a uma semente lançada no íntimo do crente. Quando é recebida, ela penetra em cada pessoa e, como uma semente, desenvolve-se, cresce, dá fruto,“cristifica”, tornando-nos semelhantes a Cristo.
Quando é interiorizada pelo Espírito, a Palavra tem realmente a capacidade e a força de manter o cristão afastado do mal: enquanto deixar agir em si a Palavra, ele estará livre do pecado, e, portanto, é puro. Pecará só se deixar de obedecer à verdade.
«Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado» (Jo 15, 3).
Como devemos viver, então, para merecermos também nós o elogio de Jesus?
Pondo em prática cada Palavra de Deus, nutrindo-nos dela, momento após momento. Fazendo da nossa existência uma obra de contínua reevangelização. Deste modo podemos chegar a ter os mesmos pensamentos e sentimentos de Jesus, para O revivermos no mundo, para mostrarmos à sociedade – muitas vezes enredada no visco do mal e do pecado– a pureza divina, a transparência que o Evangelho dá.
Durante este mês, ainda, se for possível (isto é, se as nossas intenções forem partilhadas por outros), procuremos pôr em prática, de modo especial, a Palavra que exprime o mandamento do amor recíproco. Na verdade, para João evangelista – que refere a frase de Jesus que hoje consideramos – existe uma ligação entre a Palavra de Cristo e o mandamento novo.
Segundo ele, é no amor recíproco que se vive a Palavra com os seus efeitos de purificação, de santidade, de impecabilidade, de fruto, de proximidade com Deus. O indivíduo isolado é incapaz de resistir durante muito tempo às solicitações do mundo, ao passo que, no amor recíproco, encontra um ambiente são, onde pode proteger a sua existência cristã autêntica.
Publicada em Città Nuova, 1982/8, pp. 42-42.